A Micron fez um importante comunicado sobre a sua estratégia para 2023: redução dos gastos de capital e do fornecimento de chips de memória. A justificação invocada é a necessidade de escoar o excesso de inventário, provocado por uma quebra na procura nos últimos tempos. Após a divulgação do comunicado, as ações da empresa caíram 5,8% para os 59,44 dólares.
Há alguns meses, a Micron foi a primeira a alertar para a quebra da procura de computadores pessoais e smartphones, depois de décadas de inflação. Essa tendência levou a que os fabricantes de componentes e de aparelhos de eletrónica, que se tentaram precaver para elevados níveis de procura e com dificuldades na cadeia de distribuição, ficassem com excesso de stock. Atualmente, o cenário de crise económica agravada, além da redução da procura obriga os fabricantes a adotar este tipo de resposta.
A Micron especifica mesmo que “para poder melhorar o inventário total significativamente… o fornecimento de DRAM tem de reduzir e o crescimento de NAND tem de ser significativamente mais baixo do que o projetado anteriormente”, cita a Reuters.
As reduções de fornecimento previstas são de cerca de 20% face ao que aconteceu no último trimestre. Para 2023, o aumento de fornecimento de DRAM deve ser negativo, enquanto o de NAND deve ficar-se por um dígito.