Um artigo publicado no Financial Times avança que Elon Musk revelou que o governo chinês não quer que ele venda o serviço de acesso à Internet por satélite Starlink naquele país. “Musk diz que Pequim tornou clara a desaprovação da recente disponibilização do Starlink, o sistema de comunicações por satélite da SpaceX, na Ucrânia para ajudar os militares a contornar o bloqueio russo do acesso à Internet”, lê-se na coluna Lunch with the FT. O artigo continua dizendo que “ele diz que Pequim procurou garantias de que o Starlink não seria comercializado na China”. O que ainda não foi revelado é se o executivo tenciona cumprir este pedido.
A Tesla, outra empresa de Musk, obtém 20% das suas receitas globais no China e tem ainda uma fábrica grande em Xangai, pelo que o empresário não quererá hostilizar Pequim.
Com a participação ativa de empresas nacionais, como a China Mobile ou a Huawei, a China conseguiu uma das maiores penetrações de acessos 5G à Internet no mundo. O país também conseguiu criar o seu próprio sistema de comunicações por satélite, o Beidou, em 2020, para rivalizar com o Global Positioning System, ou GPS, dos EUA, lembra a CNBC.
Musk antevê que a Tesla seja apanhada no “inevitável” conflito sobre Taiwan, mas quer que a empresa continue a ser capaz de entregar produtos aos seus clientes no país. A recomendação do empresário, no passado, é de “criar uma zona especial administrativa para Taiwan que seja razoável”, embora admita que esta solução possa “não fazer todos felizes”.