O teste de um míssil russo no ano passado foi realizado com sucesso, com a arma a conseguir destruir um satélite obsoleto no espaço. No entanto, a operação veio reforçar a necessidade de resolver a questão de como tratar do lixo espacial e dos destroços que estão à deriva, colocando em perigo várias missões e aparelhos. O exemplo mais recente é uma manobra de evasão a que a Estação Espacial Internacional (ISS) foi obrigada, para evitar males maiores.
Na altura do teste, em novembro, especialistas norte-americanos alertaram que os destroços deixados iriam representar um perigo para várias atividades ao longo dos próximos anos. Agora, o jornalista especializado no espaço William Harwood escreveu no Twitter que “os astronautas da ISS foram informados esta que está prevista uma manobra de reajuste para esta manhã”. A mudança de direção, segundo este, destinou-se a “melhorar o planeamento de trajetórias e evitar um possível encontro próximo com destroços provenientes do teste russo ASAT”, cita o The Sun.
Daniel Porras, especialista em assuntos espaciais, também afirmou no Twitter que “mais uma vez, destroços do teste russo ASAT vão aproximar-se o suficiente da ISS para obrigar a uma manobra”.
Já em dezembro, a ISS teve de fazer uma manobra para ‘fugir’ a um destroço de um foguetão lançado em 1994 e o lixo espacial à deriva obrigou a adiar um ’passeio’ espacial destinado a reparar uma antena no exterior. No mês anterior, uma manobra ligeira foi necessária para evitar uma colisão com um destroço de um satélite chinês obsoleto.
Nem a NASA, nem a Roscosmos comentaram a situação deste fim de semana.