A Startup Lisboa assinala, esta quarta-feira (dia 2), 10 anos de existência. Durante esta década ajudou a fundar e a desenvolver o ecossistema de empreendedorismo nacional, que cada vez é mais cosmopolita e internacional.
Com a missão de ajudar startups nos seus primeiros anos de vida a desenvolverem-se, a escalarem e a atraírem investimento, a associação privada sem fins lucrativos foi fundada a partir do Orçamento Participativo de Lisboa, pela Câmara Municipal de Lisboa, a Associação Mutualista Montepio e a IAPMEI, e as startups que apoiou ao longo dos anos já conseguiram mais de 340 milhões de euros em investimento de investidores nacionais e internacionais.
Totaliza ainda mais de 400 startups incubadas, depois de mais de 4500 candidaturas, e com mais de 250 projetos apoiados nos diferentes programas de aceleração e outras iniciativas. Nos últimos 5 anos, os postos de trabalho nestas startups aumentaram 200%, empregando mais de 4500 pessoas nos dias de hoje, sendo que 37% das equipas das startups são compostas por equipas mistas ou estrangeiras na sua totalidade. A nível da sobrevivência, 70% das residentes da incubadora continuam ativas, 25% extinguiram-se e 5% fizeram exit, sendo compradas parcialmente ou na sua totalidade.
Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa, destaca em comunicado dez grandes conquistas da incubadora como, por exemplo, a existência de uma comunidade empreendedora, os programas de mentoria e de aceleração que criam condições para que as startups portuguesas se afirmem, ou a posição de Portugal e Lisboa no ecossistema de empreendedorismo internacional – que atraiu a Web Summit, o maior evento de tecnologia da Europa. Estas conquistas dão a Lisboa “um dos ecossistemas mais vibrantes e com maior potencial de crescimento em termos financeiros”, que faz da capital “uma cidade mais aberta, inovadora, empreendedora e criativa”. Além disto, a Startup Lisboa é primeira incubadora do país a ter uma casa para alojar empreendedores, a Casa Startup Lisboa que ajuda os empreendedores estrangeiros ou de fora de Lisboa a terem um espaço para viver durante os primeiros tempos na cidade.
Há, ainda, na perspetiva do diretor, um caminho a percorrer na promoção da diversidade. Este afirma que “a diversidade de género, de origem social, cultural, entre outras, tem de existir também no empreendedorismo. Parte da nossa missão passa por democratizar o acesso à atividade empreendedora”. Para o futuro, pretende continuar a apoiar empreendedores e startups nos seus processos de desenvolvimento e crescimento, e trabalhar de forma mais próxima e continuada com as instituições de ensino superior, para promover uma cultura de empreendedorismo e motivar mais pessoas a juntaram-se a este ecossistema.
O grande e mais ambicioso desafio da associação para os próximos anos é concluir o projeto do Hub Criativo do Beato, que vai ter um espaço de 7 mil metros quadrados na Fábrica do Pão da antiga manutenção militar, para acolher mais startups e garantir que estas encontrem espaços flexíveis e ajustados às suas dinâmicas de crescimento. Ao mesmo tempo, o espaço vai contar com outras empresas para fazer crescer e promover a inovação aberta e colaborativa.
Miguel Fontes diz que o conceito de comunidade que a Startup Lisboa ajudou a criar é “a principal responsável pelo sucesso deste projeto, que se mede pelas conquistas do ecossistema que criámos e trabalhamos para alimentar”.