O caso entrou nos tribunais em 2009, com a Google a ser acusada de práticas antitrust ao integrar a funcionalidade Shopping com o motor de busca, o que, segundo a acusação, é uma violação das práticas concorrenciais. Em 2017, a União Europeia considerou que a integração era efetivamente abusiva e agora um tribunal deu razão a este parecer, mantendo a multa de 2,4 mil milhões de euros. A Google tem ainda uma possibilidade de recurso, agora perante o Tribunal de Justiça Europeu, o mais elevado no ‘velho continente’.
As autoridades consideram que a promoção da Google aos seus serviços na sua própria página de resultados de buscas configura um abuso de posição dominante. Maps, Shopping e Flights são alguns dos serviços da Google que conseguem lugares de destaque, acima dos resultados orgânicos de pesquisas.
A Google Shopping funcionou, entre 2012 e 2020, como um vetor exclusivo para anúncios publicitários. O ArsTechnica lembra que em vez de mostrar uma lista orgânica de resultados de pesquisa orientados para as compras, todos os produtos listados eram algo que algum anunciante tinha pago. A política de ‘listagem exclusiva de produtos pagos’ terminou em abril de 2020 e ao fazer scroll atualmente o utilizador vê produtos que lhe aparecem organicamente e de forma gratuita. No Shopping, ao contrário do Google Search, os anunciantes têm de se registar e enviar um feed estruturado de dados de produtos.
A Google ainda está a braços com outros processos judiciais, nomeadamente sobre a utilização do AdSense, do Android e outros temas em investigação.