Em agosto de 2020, o governo dos EUA apertou ainda mais as restrições impostas contra a Huawei e que impediam as empresas de fornecer semicondutores e componentes à Huawei. No entanto, a Seagate não terá cumprido este bloqueio e forneceu discos rígidos à empresa chinesa, apurou uma comissão do Senado. O objetivo destas sanções era punir a Huawei, considerada uma ameaça à segurança nacional.
A Huawei usava regularmente discos da Seagate, da Western Digital e da Toshiba para suportar o seu negócio. As duas últimas terão suspendido o fornecimento, mas a Seagate terá considerado que não precisava da licença especial prevista nas sanções e continuou a regularizar as encomendas.
O relatório revela que os executivos da Seagate admitiram, em outubro de 2021, que continuaram a fazer negócio com a Huawei por acreditarem que o podiam fazer. O fornecimento acabou por ser suspenso, embora não haja certezas sobre quando é que isso aconteceu, noticia o The Verge. O mesmo relatório aponta que as ações da Seagate aumentaram 86% desde que o bloqueio entrou em vigor e que era conhecimento tácito, dentro da indústria, que a relação entre as duas empresas continuava a existir.
Um porta-voz do Bureau of Industry and Security da Câmara de Comércio dos EUA já afirmou que está a investigar estas alegadas violações das sanções e que “as ações podem vir a ser tornadas públicas depois da investigação”.