Após um ciberataque foram divulgadas imagens de vigilância de uma prisão de Evin, em Teerão, que mostram violência policial contra prisioneiros.
No início do vídeo divulgado é possível ver, numa sala de controlo, um monitor que aparenta estar com uma avaria, ficar com o ecrã complemente preto e depois reiniciar. Em seguida, outro exibe uma mensagem: “Ataque cibernético” e “Protesto geral até a liberdade dos presos políticos”. Os hackers disseram que queriam mostrar as más condições na prisão de Evin e forneceram as imagens à Associated Press, que relatou os abusos.
“Este é o momento em que os oficiais da prisão de Evin perceberam que tinham sido hackeados. Os hackers acederam aos vídeos das câmaras de segurança dentro da prisão onde prisioneiros políticos estão presos”, escreveu Masih Alinejad, jornalista e ativista política iraniana que vive atualmente em Nova Iorque na sua conta do Twitter.
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— Masih Alinejad ????️ (@AlinejadMasih) August 23, 2021
This is the moment that the officials in Evan prison realized that they have been hacked. Hackers have accessed security camera footage from inside Evin where political prisoners are being held, and posted videos of guards beating inmates. pic.twitter.com/ys1prSVqkI
“Imagens chocantes obtidas por hackers “, referiu a ativista na publicação. As imagens mostram como os prisioneiros são violentamente agredidos e torturados pelos guardas prisionais”. Os vídeos demonstram prisioneiros a serem agredidos, em celas com poucas condições de tamanhos reduzidos onde são mantidos muitos prisioneiros e guardas a mal tratarem e torturarem prisioneiros.
Mohammad Mehdi Hajmohammadi, chefe do sistema prisional do Irão reconheceu, mais tarde, que as filmagens eram verdadeiras, assumindo responsabilidade pelos “comportamentos inaceitáveis”.