Portugal ainda tem um baixo nível de adoção de criptomoedas, revela a empresa Chainalysis na antevisão do relatório “Geografia das Criptomoedas: Índice Global de Adoção de Criptos”. Segundo o mapa divulgado pela empresa de análise especializada em criptomoedas e redes de blockchain, Portugal surge com uma classificação global de 0,1 pontos (numa escala de 0 a 1) de adoção, o que já indica alguma utilização de criptomoedas, mas num nível ainda muito residual.
Portugal segue a tendência da maioria dos países Europeus, que têm classificações semelhantes. No Velho Continente destacam-se a Ucrânia (0,29) e a Rússia (0,14), os países que têm os índices mais elevados, sendo que os ucranianos conseguem mesmo o quarto lugar a nível global.
Já olhando para os 153 países analisados, o grande campeão de adoção de criptomoedas é o Vietname, que atinge a classificação máxima (1), seguido da Índia (0,37) e do Paquistão (0,36). Destaque ainda para o Brasil que, com um índice de 0,16 pontos, ocupa a 14ª posição entre os países do mundo com maior adoção de criptomoedas.
O ranking da Chainalysis tem por base a análise de dados de blockchain públicas entre junho de 2020 e julho de 2021, e divide-se em três grandes áreas: valor de criptomoedas recebido naquele país, valor recebido especificamente por comerciantes e ainda o volume de transações ponto-a-ponto (P2P) efetuadas. Os valores são depois calculados em função da população de cada país.
A Chainalysis revela também que a adoção de criptomoedas a nível global cresceu cerca de 880% no último ano, uma ‘explosão’ provocada sobretudo pelos países com economias emergentes. “A nossa pesquisa sugere que os motivos para esta maior adoção diferem – em mercados emergentes, muitos viram-se para as criptomoedas para preservar as suas poupanças face à desvalorização da moeda fiduciária, para enviar e receber remessas e para efetuar transações comerciais, enquanto a adoção na América do Norte, Europa Ocidental e Leste Asiático no último ano tem sido largamente alimentada pelos investimentos institucionais”, lê-se na antevisão do relatório.
De recordar que só na plataforma de serviços financeiros Revolut, há 100 mil portugueses a negociar criptomoedas.