A atividade do cibercrime registou um aumento em consequência da crise global, tendo todo o tipo de ataques, tais como phishing, ransomware e malware financeiro, aumentado. E segundo um comunicado da Allot, empresa especializada em soluções de rede e segurança, “do ponto de vista estritamente empresarial, as organizações ampliaram o seu perímetro com uma grande parte dos seus colaboradores em teletrabalho, o que tem como consequência direta o aumento da área de ataque”, o que potenciou uma maior utilização da nuvem.
A crescente utilização de redes domésticas, que se encontram mais vulneráveis às ameaças cibernéticas, pode comprometer as redes de tecnologias de informação (TI) e da Internet das Coisas (IoT) na cloud, fazendo com que sejam uma consequência direta nas empresas.
Segundo o relatório da empresa Trend Micro, Turning the Tide, prevê-se que os hackers, em 2021, terão “como principal objetivo as redes domésticas para utilizá-las como uma plataforma de lançamento para comprometer as redes corporativas de TI e IoT. O relatório avisa ainda os utilizadores que os ataques tendem a explorar vulnerabilidades relacionadas com software de colaboração e produtividade online em detrimento de ataques zero day (desconhecidos até então).
Nesta linha de pensamento, os especialistas alertam para o crescimento do crime cibernético, que passará a englobar redes domésticas de colaboradores de cargos elevados, fazendo com que seja necessário rever as políticas e proteções do trabalho a partir de casa.
“Utilizadores inconscientes, as configurações incorretas e a invasores que tentam assumir o controlo dos servidores na nuvem para implantar imagens de conteúdos maliciosos”, são alguns dos fatores apontados pela Allot que contribuem para o aumento das vulnerabilidades nos sistemas em nuvem.
Assim, “a Gartner prevê que o utilizador final terá um aumento anual de custos com segurança da informação global e gestão de risco de 9,2% em cinco anos, atingindo os 174,5 mil milhões de dólares americanos, em 2022, com aproximadamente 50 mil milhões de dólares americanos gastos em segurança de dispositivos”, lê-se no mesmo comunicado.