Um estudo da NordVPN cita o relatório da FCT que conclui que o número de casos de roubo de identidade mais que duplicou em 2020 face a 2019 (1,3 milhões de casos contra 650 mil). Os especialistas indicam que os criminosos estão a procurar dados de passaportes e de cartões de identificação civil para usar essa informação em atividades ilegais, como ajudar na passagem de fronteiras ou contrair empréstimos bancários em nome das vítimas.
Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN, lembra o caso da fuga de dados da cadeia de hotéis Marriott, em 2018, em que hackers conseguiram aceder ao banco de dados das reservas e recolheram, alegadamente, informações sobre 500 milhões de pessoas, como os nomes, apelidos, contactos, datas de nascimento e números de passaporte. “Passaportes e cartões de identidade contêm informações que podem ser úteis para engenharia social. As identidades falsas são posteriormente usadas para entrar ou sair do país, abrir contas bancárias ou para fins de fuga às autoridades”, revela Markuson.
O preço do passaporte físico na dark web pode chegar aos 14 mil dólares, mas há também muita procura pelas credenciais destes documentos, pelos dados aí constantes ou pelo chip digital e outros componentes. A prova de identificação, por exemplo, uma pessoa com passaporte e cópia digitalizada, custa cerca de 60 dólares no mercado negro online.
As boas práticas passam por prestar atenção sobre onde se inserem os dados do passaporte, fazendo-o apenas em sites seguros. Em segundo lugar, procurar fazer verificações online frequentes para rastrear o histórico de viagens internacionais de. Por fim, proceder à substituição do passaporte após uma possível violação de dados pode também ser uma boa opção.