Um pirata informático conseguiu entrar nos sistemas da Glovo no dia 29 de abril, explorando uma falha numa antiga plataforma de administração usada pela companhia. A Glovo explica que assim que a intrusão foi detetada, o hacker foi expulso, não se sabendo para já que informações foi capaz de obter. “Confirmamos que não foi dado acesso a dados de cartões dos clientes, uma vez que a Glovo não armazena esse tipo de dados”, tranquiliza a empresa.
A Glovo, baseada em Barcelona, conta com mais de dez milhões de utilizadores em 20 países e está avaliada em mais de mil milhões de dólares. Há cerca de um mês, a empresa conseguiu recolher mais 450 milhões de euros numa ronda de angariação de fundos, lembra a Reuters.
A Hold Security, empresa especializada em cibersegurança que detetou a intrusão, refere que o pirata estava a vender as credenciais de acesso de clientes e transportadores do serviço.
Estes tipos de serviços estão na mira das autoridades e dos tribunais, que procuram regular o funcionamento e definir o estatuto profissional dos trabalhadores. Em Espanha, um tribunal determinou no ano passado que os transportadores da Glovo são efetivamente considerados trabalhadores e não freelancers e está a decorrer um processo que prevê que os sindicatos possam ter acesso aos algoritmos usados para gerir a força de trabalho.