Os ciberataques constituem hoje um dos cinco principais riscos globais e 60% das PME que sofrem um ataque cibernético acabam por perder o negócio em seis meses. Para fazer face a esta realidade, surge o projeto Erasmus+ Encrypt 4.0, onde se inclui o Grupo ISQ, e que pretende desenvolver a Matriz de Risco de cibersegurança para empresas no setor da manufatura, no âmbito da Indústria 4.0. “Esta matriz permitirá uma visão geral sistemática do cenário de risco de cibersegurança e a criação de perfis de risco precisos, em tempo real, de forma a possibilitar a adoção de medidas preventivas e a estabelecer medidas corretivas, em fábricas inteligentes. O ISQ irá ainda desenvolver laboratórios de capacitação online em cibersegurança bem como uma ferramenta de acervo documental com casos reais de ciberataques que será alimentada e comentada em regime aberto”, explica Pedro Matias, presidente do Grupo ISQ.
Especialistas do Fórum Mundial colocam os ataques cibernéticos em infraestruturas críticas como o quinto maior risco em 2020 e prevê-se que os impactos do cibercrime em 2021 sejam maiores do que são causados por todos os desastres naturais no período de um ano. Dados da National Cyber Security Alliance mostram que 60% das PME que sofrem um ciberataque perdem o negócio completamente dentro de seis meses.
Os esforços das empresas de manufatura, que passam por esporádicos investimentos em sistemas de controlo e consultores externos, acabam por falhar quando tentam enfrentar eficazmente as ameaças em rápida evolução. Historicamente, as empresas não estavam tão preocupadas com as Tecnologias de Informação, dando primazia à segurança e Tecnologias Operacionais.
A criação de uma Matriz de Risco adaptada permitirá delinear indicadores-chave de risco e que podem ser facilmente aplicados a dados em tempo real, permitindo também o desenhar de uma estratégia de cibersegurança de longo prazo e realizar rapidamente relatórios diários para monitorização.