Depois de Apple e Microsoft, a Google e a Facebook anunciaram os seus novos planos no que toca à neutralidade carbónica, com cada uma a traçar metas distintas.
A Google anunciou ter neutralizado com retroativos todo o carbono que já emitiu desde a fundação, em 1998. Agora, a empresa assume o compromisso de apenas usar energias renováveis em todas as operações até 2030. Já em 2017, a Google revelou que se tornou uma empresa ‘net-zero’, ou seja, neutra no que toca a consumo de energia, comprando energias renováveis nas mesmas quantidades que estava a consumir.
A Facebook, por sua vez, anuncia que este ano vai suportar-se 100% em energias renováveis e compromete-se a atingir as zero emissões em toda a ‘cadeia de valor’ até 2030, incluindo fornecedores e utilizadores. A nova meta inclui trabalho “com os fornecedores para atingir os objetivos, ajudas no desenvolvimento de novas tecnologias de remoção de carbono e tornar as nossas instalações o mais eficientes possível”, escreve a Facebook no seu blogue, citada pelo The Guardian.
Em janeiro, a Microsoft tinha anunciado a intenção de ser negativa em termos de carbono até 2030 e eliminar o seu histórico de emissões até 2050. Já em julho, a Apple revelou que pretendia ser neutra em carbono até 2030, não só na cadeia de fornecimento, mas também no que toca ao ciclo de vida dos seus produtos, incluindo a eletricidade consumida durante a utilização dos aparelhos. A empresa vai ainda plantar árvores no equivalente às emissões de carbono geradas pela eletricidade necessária para recarregar os iPhone.
Depois destes anúncios, resta saber se a Amazon vai também rever os seus planos para acompanhar as restantes gigantes. Em 2019, a empresa anunciou que queria atingir a neutralidade carbónica em 2040 e usar 100% energia elétrica em 2030, mas a Amazon enfrenta o desafio de renovar toda a frota de veículos, depois de ter comprado mais de 100 mil veículos elétricos. A substituição integral só deve estar concluída dentro de dez anos.