As queixas da Slack contra a Microsoft na Comissão Europeia fazem lembrar as acusações semelhantes que a empresa de Redmond recebeu em relação ao Internet Explorer e à sua inclusão no Windows. Desta feita, a Slack confirma ter apresentado uma queixa por considerar ilegal que a Microsoft integre o MS Teams na suite de Office e acusa mesmo a gigante tecnológica de bloquear a remoção da ferramenta de trabalho colaborativo a alguns utilizadores e de ocultar os verdadeiros custos da plataforma a alguns clientes empresariais.
O Vice-Presidente de Comunicações da Slack, Jonathan Price, considera que a empresa está confiante nos méritos do seu produto, mas que “não podemos ignorar o comportamento ilegal que priva os clientes de acederem às ferramentas e soluções que querem”, cita o Engadget.
O executivo pede que o terreno seja nivelado para que possa ser proporcionada uma competição saudável. “Criaram uma cópia, fraca e ataram-na ao produto dominante Office, forçaram a instalação e bloquearam a sua remoção, naquela que é uma cópia do seu comportamento ilegal durante as ‘guerras dos browsers’, diz Prince, pedindo uma atuação célere do organismo europeu.
Ironicamente, a Microsoft está a acusar a Apple de ter um comportamento semelhante no que diz respeito às práticas de concorrência, nos EUA, pela voz do presidente Brad Smith.
É possível que a decisão da Comissão Europeia ainda demore alguns anos a surgir, mas a Microsoft arrisca-se a multas pesadas: em 2010 a empresa começou a mostrar um ecrã de escolha do navegador, mas em 2013 acabou por ser multada em mais de 700 milhões de euros depois de uma falha impedir que esse ecrã aparecesse a alguns utilizadores.