O governo do Reino Unido reviu a sua posição e afirma agora que não quer que a Huawei esteja presente nas suas estruturas de rede 5G. O secretário da cultura Oliver Dowden explica que um novo parecer do Centro de Cibersegurança Nacional do país levou as autoridades políticas a reverem as recomendações: os operadores não devem comprar equipamentos 5G após o fim do ano e mesmo que “assim que a lei de segurança de telecomunicações for aprovada, vai ser ilegal fazê-lo”. Caso um fabricante tenha já adquirido equipamentos de rede à Huawei, deve preparar a sua substituição até 2027 no máximo. “Esta não foi uma decisão fácil, mas é a mais correta para as redes de telecomunicações do Reino Unido, para a nossa segurança nacional e para a nossa economia, agora e no longo prazo”, disse Dowden em explicações ao Parlamento.
Em janeiro, o Reino Unido tinha anunciado que os fabricantes de “alto risco” como a Huawei iriam ser permitidos nas redes 5G, desde que não fizessem parte da estrutura central da rede e até um limite de 35%.
A Huawei já reagiu a esta tomada de posição do Reino Unido dizendo que é “desapontante” e que há um risco de o país se atrasar e alargar o fosso digital, noticia o Engadget.
O prazo de sete anos será do agrado das operadoras que assim têm mais tempo para diluir o investimento necessário para as substituições que sejam necessárias.
Do lado dos EUA, o conselheiro de segurança da Casa Branca Robert O’Brien diz que a ação da Grã-Bretanha reflete um consenso cada vez mais crescente de que a Huawei e outros fabricantes pouco seguros representam uma ameaça à segurança nacional dos vários países devido à sua ligação ao Partido Comunista Chinês.