A utilização de salas de reunião da Zoom tem crescido exponencialmente, potenciada pela situação de pandemia e que colocou uma grande fatia da população em regime de teletrabalho. A ferramenta é útil para criar conferências e inclui diversas modalidades, mas a comunidade e os especialistas têm detetado um número preocupante de falhas de segurança e vulnerabilidades que colocam a privacidade dos utilizadores em causa. Além de processos judiciais movidos por consumidores, surgem agora também investidores a processar a empresa, acusando-a de ter omitido deliberadamente problemas existentes na solução.
No processo, tornado público no início desta semana, lê-se que “a verdade sobre as deficiências no software de encriptação da Zoom começaram a ser desvendadas em julho de 2019. No entanto, em grande parte devido à ofuscação da empresa, não estavam claras até que a pandemia de Covid-19 em março e abril de 2020, com empresas e organizações a assentarem na Zoom… essa verdade começou a ficar cada vez mais exposta na série de medidas corretivas que foram sendo anunciadas”, cita o ArsTechnica.
O CEO da Zoom admitiu que o rápido crescimento fez a empresa tomar passos em falso no passado recente. Agora, Alex Stamos, o antigo chefe de segurança do Facebook, anunciou que está a colaborar com a Zoom, numa perspetiva de consultoria, previsivelmente para ajudar a trazer mais estabilidade à organização. “Encorajo toda a indústria a usar este momento para refletir sobre as suas próprias práticas de segurança e a ter conversas honestas sobre as coisas que podem ser feitas de forma melhor”, escreveu o especialista.