Um departamento interno da NASA conclui que o programa Artemis, que prevê o regresso à Lua, está em risco caso os atrasos e o aumento de custos se continuem a verificar. “Todos os grandes elementos de contratos para desenvolvimento e construção do Space Launch System para os Artemis I –Stages, ICPS, Boosters, RS-25 Adaptation e RS-25 Restart passaram por vários desafios técnicos, problemas de desempenho e alterações de requisitos que resultaram num aumento de custo de dois mil milhões de dólares e um atraso de pelo menos dois anos”, afirma o documento revelado hoje.
O primeiro lançamento deste programa deve acontecer já na primavera de 2021, dois anos depois do inicialmente previsto. No entanto, não se prevê que a data para o regresso à Lua derrape para 2026. O programa para o SLS arrancou em 2010 oficialmente e, desde então, tem sofrido adiamentos sucessivos para as diferentes etapas.
Além da componente temporal, os desafios tecnológicos que, quer a NASA, quer os subcontratados enfrentam, conduziram a um aumento de custos associados, com o relatório a estimar que o programa Artemis vá custar mais de 17 mil milhões de dólares no fim do ano fiscal de 2020, dos quais seis mil milhões não estão reportados, noticia o Tech Crunch.
A data de 2024 pode vir a ser revista, à luz destes atrasos sucessivos que o programa tem vindo a registar, mas não se afigura que o cancelamento do Artemis esteja a ser equacionado para já. O departamento interno produziu várias recomendações no sentido de ajudar a NASA a manter uma maior contenção financeira e um controlo mais apertado dos compromissos assumidos pelos fornecedores, quer em termos de custos, quer em termos de prazos.