Johann-Dietrich Woerner foi eleito diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA no acrónimo em inglês) em 2014, tendo sido reconduzido em 2018 e anuncia agora que se vai retirar em 2021. Antes de ter abraçado este desafio, Woerner foi presidente do Centro Aerospacial na Alemanha. Em 2018, Woerner descreveu esse ano como o segundo pior da sua vida, referindo-se a intrigas e ameaças institucionais sobre a sua continuação no cargo.
Agora, o ainda diretor-geral anuncia que “não estou pronto para ser o foco destas discussões em detrimento da ESA e da sua configuração democrática”. Num email enviado para os funcionários, no dia em que o Reino Unido deixou oficialmente a União Europeia, Johann-Dietrich Woerner alerta que “temos a especial responsabilidade de assegurar que o Reino Unido se mantém como um parceiro forte na Europa, na medida em que o espaço pode servir de ponte em crises políticas difíceis”, cita a publicação The Register.
Embora o comunicado do diretor refira que irá continuar no cargo até ao fim do mandato, Worner já referiu aos colegas que é provável que saia assim que for apropriado.
O timing da comunicação de Johann-Dietrich Woerner pode não ser inocente, na medida em que está a ser preparado o GSA, de Global Navigation Satellite Systems, para janeiro de 2021. O último foco de trabalho de Woerner foi na discussão sobre como lidar com os detritos espaciais e com os sistemas anti-colisão em órbita. A ESA está envolvida também na participação no projeto Lunar Gateway da NASA.