A Foxconn, sedeada em Taiwan, mas a operar várias fábricas na China, revela não estar preocupada para já que o coronavírus a impeça de cumprir as suas «obrigações de produção». «Estamos a monitorizar de perto os desafios da saúde pública associados ao coronavírus e a aplicar as medidas recomendadas em termos de saúde e higiene a todos os aspetos da operação nos mercados afetados. As nossas instalações na China estão a cumprir horários de feriados e vão continuar a fazê-lo até que todas as empresas comecem a operar dentro dos horários habituais», cita o The Verge. Recorde-se que o governo chinês prolongou o período de férias que marca as celebrações do Ano Novo Chinês como forma de mitigar a propagação do vírus. Apesar de a empresa não revela detalhes sobre a produção, mas reforça terem sido tomadas medidas para conseguir cumprir as expetativas das marcas com que trabalha.
A situação na China está a afetar outras tecnológicas, devido ao papel preponderante que o país tem na produção mundial. Facebook, LG e Razer já limitaram as visitas dos funcionários à China, enquanto outras marcas pedem aos trabalhadores que tenham viajado para as zonas afetadas que trabalhem a partir de casa.
A Apple assenta nas fábricas da Foxconn em Zhengzhou, China, e da Pegatron, em Taiwan, para a produção dos iPhone. Apesar de ambas estarem a centenas de quilómetros de Wuhan, o surto ainda representa algum nível de risco. Qualquer irregularidade que afete o complexo circuito de produção dos componentes para a Apple poderá levar a atrasos na produção de outros aparelhos, alerta um analista ouvido pela Bloomberg.
O coronavírus já provocou mais de cem mortes e infetou milhares de pesssoas em todo o mundo.