“O Dr. Jorge de Brito Pereira, Dr. Mário Filipe Moreira Leite da Silva e Dra. Paula Cristina Neves Oliveira apresentaram hoje, ao conselho fiscal, as respetivas renúncias aos cargos de membros não executivos do conselho de administração desta sociedade”. A frase consta no lacónico comunicado que a Nos acaba de enviar à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Apesar de os três administradores não terem funções executivas, o anúncio da demissão merece especial destaque pelo facto de incluir o presidente da Nos, Jorge de Brito Pereira.
A saída dos três administradores é a mais recente baixa causada pelo “caso” Luanda Leaks que revelou alegados esquemas de corrupção da empresária Isabel dos Santos, filha do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
O Jornal de Negócios já havia noticiado que o Comité de Ética da Nos pretendia inquirir os três administradores a 27 de janeiro – mas a demissão acabou por ocorrer antes dessa audição. Antes desta demissão, a administração da Sonae já havia expressado «preocupação» na sequência das revelações do Luanda Leaks.
A maioria do capital da Nos é detida pela Zopt, uma sociedade que é detida pela Sonae e o grupo de Isabel dos Santos.