A CFO do grupo Huawei é acusada de fraude bancária e de ter induzido a HSBC Holdings PLC em erro no que diz respeito aos negócios da empresa no Irão. Meng Wanzhou reitera estar inocente e alega agora que o seu processo de detenção teve erros e a sua defesa pede que sejam trazidos ao tribunal e-mails, documentos e notas do governo canadiano e que ajudariam a provar que os direitos da arguida foram violados. Se as autoridades tiverem abusado do seu poder, defendem os advogados, a extradição deve ser suspensa, noticia a Reuters.
John Gibb-Carsley, procurador público, argumenta que está a ser criada uma grande teoria da conspiração e mostrou as comunicações entre a Royal Canadian Mounted Police que evidenciam não haver plano de ação que envolva as autoridades fronteiriças. Uma destas autoridades, no entanto, admite ter havido um erro técnico ao partilhar as palavras-passe dos telefones de Meng à polícia federal no Canadá. No entanto, a RCMP alega não ter acedido aos telefones, nem ter manifestado tal intenção, uma vez que os aparelhos não fazem parte da investigação em curso.
A defesa de Meng diz que os planos do RCMP no que toca à detenção alteraram-se após uma reunião entre a polícia e as autoridades da fronteira, embora as razões para o adiamento não tenham sido reveladas.
O processo de extradição para os EUA está previsto para janeiro, mas vários especialistas na matéria dizem que as batalhas legais podem durar anos.