Os profissionais do setor das Tecnologias da Informação (IT) continuam a ser dos mais bem remunerados em Portugal. De acordo com os dados recentemente divulgados pela consultora Robert Walters, em 2019, verificou-se em Portugal que as empresas mantiveram a tendência de procurar colaboradores com conhecimentos/formação nas áreas do Desenvolvimento de Software, Data Scientist, Cloud Computing e ERP.
Os dados revelaram ainda que é nas tecnologias e serviços de informação, telecomunicações, software para computadores, Internet e recursos humanos que há um maior volume de ofertas e oportunidades de emprego para os profissionais de IT.
Este ano registou-se também um crescimento das ofertas de emprego na indústria elétrica e eletrónica, program development, management consulting, market research, companhias aéreas e aviação, energias renováveis e ambiente, computer software, produção alimentar, indústria farmacêutica, Internet e serviços financeiros.
No que toca à remuneração, os maiores aumentos salariais ocorreram nas profissões ligadas à “Data & Analytics”, nomeadamente, em 2019, um Big Data Analyst com dois a cinco anos de experiência profissional consegue ganhar entre 45 a 55 mil euros brutos por ano. É estimado que até ao próximo o ano o teto de vencimentos na mesma profissão atinja os 60 mil euros.
Já um Data Scientist, este ano, conseguiu fazer entre 50 a 60 mil euros anuais, havendo uma previsão de aumento do teto salarial anual no valor de cinco mil euros, até 2020.
Além de Java e tecnologias Microsoft (C# e .Net), as empresas procuraram trabalhadores com conhecimentos noutras linguagens de programação, como a Python, cada vez mais utilizada em sistemas de Data Science, Machine Learning e de Inteligência Artificial.
Mantém-se ainda a necessidade de contratar programadores especialistas em mobile e segurança da informação e em 2020 é esperado um aumento da necessidade de profissionais de Devops, responsáveis pela conexão entre as operações e o desenvolvimento de software, e de IaC, que são normalmente destacados para a gestão e provisão dos centros de processamento de dados.
Curiosamente, os profissionais de IT são os mais difíceis de contratar por terem, na esmagadora maioria, mais do que uma oferta de emprego e possibilidade de escolha. Também pela elevada procura de profissionais da área e escassez dos mesmos, dado que muitos optam por sair do país à procura de melhores oportunidades em países como Espanha, Holanda, Estados Unidos e Brasil.
Quanto aos que ficam no país, a grande maioria dos trabalhadores optam pela capital e pela cidade do Porto para exercer na área. Este ano o mercado de trabalho nacional na área de IT foi composto por 21% de mulheres e 79% de homens.