O aviso do DHS não especifica a DJI, mas é este o fabricante com maior fatia do mercado. O documento, a que a CNN teve acesso, avisa que «o governo dos EUA tem grandes preocupações sobre qualquer tecnologia ou produto que leve dados americanos para o território de um estado autoritário que permite que os seus serviços de inteligência tenham acesso a esses dados. Estas preocupações aplicam-se em igual proporção aos aparelhos conectados, de fabrico chinês e de voo não tripulado. Estes aparelhos são capazes de recolher e transferir dados potencialmente reveladores sobre as suas operações e sobre os indivíduos ou entidades que os operam».
Com este documento, o DHS não está a atuar sobre qualquer fabricante de drones, nem sobre a DJI especificamente, mas não deixa de ser o primeiro passo de um caminho que pode terminar na situação que está a envolver atualmente a Huawei, inscrita numa lista negra para transações.
A preocupação de base é a mesma contra os dois fabricantes: o de estarem baseados num país onde são obrigados a cumprir com as ordens dos governos. Washington receia que a informação recolhida pelos aparelhos chineses esteja a ser transferida para Pequim e que o governo chinês esteja a usá-la para efeitos de espionagem.
A DJI defende-se dizendo que as suas práticas de segurança nos EUA foram validadas pelo governo norte-americano e por entidades independentes, relembrando que os consumidores têm total controlo sobre como os seus dados são recolhidos, armazenados e transmitidos e ainda que, para governos ou infraestruturas críticas, tem no catálogo drones que não transmitem dados para a DJI ou para qualquer plataforma de recolha de dados.