As atividades digitais valeram mais nove mil milhões de euros em Portugal durante 2017, refere um estudo pelo Boston Consulting Group (BCG), após encomenda da Google. De acordo com o estudo, a denominada economia digital representou, em 2017, 4,6% do Profuto Interno Bruto (PIB) nacional. Esta percentagem supera as que foram estimadas para os setores da Construção ou o de Energia, Água e Saneamento, refere um comunicado da Google.
«Se se considerar não só o impacto direto do Digital, mas também o valor gerado em jornadas de compra que começam online e são terminadas nos canais convencionais, o impacto já ascende a mais de €25 mil milhões, considerando apenas os setores do retalho e turismo», acrescenta o mesmo comunicado da Google.
Apesar de auspiciosos à escala nacional, os valores apresentados pelo Boston Consulting Group e pela Google ficam três ponto percentuais abaixo dos valores registados entre os países europeu com um processo de digitalização mais avançado.
O estudo elaborado pelo Boston Consulting Group tem por pontol de partida estimativas dos impactos gerados pelas ferramentas digitais nos setores do Turismo, Retalho, Banca, Seguros, Telecomunicações. Administração Pública, Educação, Saúde e Transportes e Mobilidade.
O estudo pretende reforçar a posição privilegiada de Portugal para figurar como um das principais referências do mapa da inovação. «Se Portugal continuar a apostar nalgumas dimensões críticas e a trabalhar a sua competitividade digital – apostando em ter mão-de-obra qualificada e uma sociedade com um bom nível de conhecimento, fomentar o investimento, interno e externo, criar boas infraestruturas digitais e apostar na cibersegurança – acreditamos que o país reunirá condições para se assumir como o Hub Digital para a Europa. Mas, para isso, é preciso que os diferentes atores da economia portuguesa trabalhem com esse fim, numa ação altamente concertada”, afirma Pedro Pereira, Diretor e Associado da BCG.