O caso foi apresentado ao FBI por Adam Khan e Carl Shuborf, fundador e COO da Akhan Semiconductor, uma startup do Illinois. Estes empresários explicaram que desenvolveram um ecrã chamado Miraj Diamond Glass, que promete ser seis vezes mais forte e 10 vezes mais resistente a riscos do que o Gorilla Glass. A startup enviou uma amostra para a Huawei em 2018, depois de dois anos de negociações. A amostra foi enviada em março e devia ter sido devolvida em 60 dias. No entanto, a Huawei falhou o prazo para retorno e deixou de responder às solicitações da Akhan. Em agosto, a fabricante devolveu o ecrã partido e com vários pedaços em falta
A startup denunciou o caso por suspeitar de tentativa de roubo de propriedade intelectual e o FBI passou meses a analisar a troca de documentos entre as duas empresas. Um especialista do FBI confirmou que a amostra foi destruída por um laser de 100 kilowatts.
Em dezembro, um engenheiro da Huawei admitiu numa chamada gravada pelas autoridades que a amostra tinha sido enviada para a China, o que coloca a empresa em violação das leis de exportação dos EUA, nomeadamente no que toca a produtos de utilização militar.
O responsável da Huawei concordou em encontrar-se com Khan e Shuborff em Las Vegas, à margem da CES. O FBI vigiou o encontro que aconteceu num restaurante e a operação foi detetada por um jornalista da Bloomberg que estava num stand de gelados ao pé. O executivo e o engenheiro da Huawei presentes no encontro refutaram que a empresa tenha violado as leis de exportação e conduziram a conversa para a relação futura entre as duas empresas.
Algumas semanas depois, o FBI fez buscas nos escritórios da Huawei em San Diego, mas não se conhece o estado atual da investigação.