De acordo com os números apresentados no balanço anual relativo a 2018, feito pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), as empresas de telecomunicações passaram a liderar a tabela de reclamações feitas pelos portugueses, tal como se constatou em anos anteriores.
Tendo sido contabilizado um total de 34.956 queixas, as razões mais comuns que motivaram os portugueses a fazer uma reclamação foram: deivido ao período de fidelização; faturação; práticas comerciais desleais e dificuldade no cancelamento do contrato com a operadora.
Em primeiro lugar, encontra-se a Meo, que lidera a tabela do número de queixas feitas à DECO, por cobrar 1 euro aos clientes que requeriram uma fatura dos serviços prestados pela operadora, em suporte de papel. De seguida, encontram-se a NOS e Vodafone, em segundo e terceiro lugar.
Por último, destaca-se a NOWO, que esteve envolvida numa polémica com a Sport TV. Desde o mês de novembro do ano passado que os clientes da operadora deixaram de ter sinal do canal, devido a uma dívida que a NOWO tinha para com a Sport TV.
O segundo setor com mais queixas foi o das compras e vendas de retalho no qual foram registadas 25.345 queixas, principalmente «nas vendas em linha da Worten», tal como indicado no balanço da DECO.
Os principais motivos apresentados para queixa foram: problemas para acionar a garantia; incumprimento dos prazos de entrega; falta de informação e práticas desleais nas promoções; incumprimento dos prazos no direito de livre resolução no caso das vendas em linha.
No balanço é ainda indicado que, quando há problemas com determinados produtos, os pequenos retalhistas, geralmente, não assumem responsabilidades, dizendo aos consumidores que devem contactar diretamente com a marca para acionar a garantia. Inclusive os grandes destribuidores invocam sempre o mau uso dos produtos por parte dos consumidores para se descartarem de responsabilidades.