Desde a Àsia, passando por Dublin, até Mountain View na Califórnia, milhares de funcionários e colaboradores da Google sairam às ruas para manifestar desagrado pela forma como a empresa tem reagido aos casos de assédio sexual que vão sendo conhecidos. O mais recente, recorde-se, envolve uma compensação de 90 milhões de dólares pagas a Andy Rubin, mesmo depois de este ter sido acusado de ter tido uma conduta sexual imprópria com outra colaboradora.
Segundo a organização da manifestação, 60% da força de trabalho da Google terá participado nos protestos, sendo que as fotografias partilhadas nas redes sociais mostram centenas a sair dos escritórios, noticia a Reuters. Alguns dos elementos organizadores explicam que se pretende que a Alphabet, dona da Google, torne as investigações mais justas para os acusadores, que partilhe dados sobre a igualdade salarial e que aceite um representante dos funcionários no Conselho de Administração. Os trabalhadores pretendem ainda que sejam divulgadas as estatísticas sobre casos de assédio sexual e que o responsável de diversidade possa aconselhar diretamente a Administração.
A insatisfação mostrada por parte dos 94 mil funcionários e dezenas de milhares de colaboradores contratados não afetou significativamente o preço das ações da Alphabet. No entanto, a organização promete voltar aos protestos e até aumentar de tom caso as suas exigências não sejam respeitadas.