A European Climate Foundation divulgou um estudo, conduzido em conjunto com outras entidades, onde conclui que em comparação com os veículos movidos a energias fósseis, os carros elétricos têm um impacto duas a três vezes menor no aquecimento global. Este estudo destaca ainda que há um potencial para esse impacto, mesmo considerando todo o ciclo de vida, poder vir a ser ainda mais reduzido. Para que tal aconteça, a organização sugere uma maior aposta nas energias renováveis para se conseguir descarbonizar os transportes na Europa.
Os automóveis elétricos terão um papel chave para que os objetivos climáticos estabelecidos no Acordo de Paris sejam atingidos.
A estratégia passa por minimizar o impacto ambiental decorrente da produção das baterias. Esta produção é responsável por 40% das emissões produzidas por um automóvel elétrico, se se levar em conta o ciclo de vida. Nesse sentido, este estudo sugere ainda a melhoria da eficiência energética das atividades produtivas irá permitir que o impacto dos veículos elétricos seja reduzido de 20 a 25% até 2030.
Por outro lado, o documento refere ainda que a tecnologia V2G, de vehicle-to-grid pode ajudar a integrar as energias intermitentes e a estabilizar a rede de forma a reduzir a necssidade de combustíveis fósseis no setor da eletricidade. O potencial técnico da V2G em França, com 1,3 milhões de veículos, é de 45 GWh e cerca de 10% desse potencial pode assegurar as necessidades de reservas primárias para um período de 18 a 20 horas num dia de Inverno.
O estudo revela, por fim, que a segunda vida das baterias para armazenar eletricidade pode ser uma opção sustentável para armazenar energias renováveis. Esta segunda vida pode surgir quando uma bateria perde um quarto da capacidade inicial, ajudar a armazenar energia de fontes renováveis e injetá-la na rede quando a necessidade é maior.