Os dados disponibilizados pelos piratas informáticos terão sido obtidos nas listas de registados em redes sociais como o Facebook, Linkedin ou Twitter. Ou seja, são os dados de autenticação nesses serviços. A Sábado, que teve acesso às listas, refere que “Elas incluem funcionários de várias áreas sensíveis da administração pública: Ministérios, Forças Armadas, parlamento, Ministério Público, Polícia Judiciária (PJ), juízes, Autoridade Tributária e Comissão Nacional de Eleições. Mas também de bancos, hospitais, transportadoras, sociedades de advogados, empresas do PSI 20 e também de comunicação social.” A revista avança que a Polícia Judiciária já terá aberto uma investigação oficial ao caso que envolve mais de mil endereços com o domínio gov.pt – ou seja, pertencem ao Estado.
As duas listas de grande dimensão terão sido compiladas o ano passado e disponíveis naquilo a que se convencionou chamar de Dark Web. Ou seja, a Internet cujos endereços só são acedidos a partir de determinadas ferramentas de navegação – para a visitar é necessário utilizar um browser como o Tor, por exemplo.
Ainda não se conhecem os autores da série de ataques a nível global que terão sido o motor para o roubo dos milhões de dados pessoais disponibilizados pelos hackers – há muitos mais dados além dos referentes a utilizadores nacionais. Também não se determinou qual o método utilizado pelos piratas informáticos, mas a Sábado avança que os dados terão sido roubados ao longo dos “últimos anos”.