A Homeland Security dos EUA quer recolher e guardar dados da atividade dos imigrantes nas redes sociais, incluindo cidadãos naturalizados e detentores de vistos. O escrutínio sobre estas atividades começou a crescer na administração de Obama e têm sido reportados vários casos de abuso, como o de 11 pessoas que viram os seus portáteis e telemóveis serem analisados sem qualquer mandado. Em maio, o Department of State afirmou a intenção de analisar a atividade de cinco anos nas redes sociais de todos os imigrantes, antes de conceder os vistos.
Agora, o objetivo parece ser continuar a monitorizar os imigrantes, mesmo depois de terem atravessado as fronteiras. A alteração aos regulamentos tem ainda de ser ser aprovada, mas poderá entrar em vigor já a partir de 18 de outubro. A monitorização poderá ainda envolver todas as pessoas que contactem os imigrantes através das redes sociais.
Por sua vez, a Administração Interna desvaloriza o pedido de alteração: «Esta alteração não representa uma nova política. A DHS, na sua capacidade de fazer cumprir a lei e no processo de imigração, já monitoriza os social media disponíveis publicamente para proteger os EUA. Num esforço de ser mais transparente, cumprir os regulamentos existentes e devido a atualizações no sistema eletrónico de imigração, a DHS decidiu atualizar o Privacy Act correspondente», lê-se em comunicado.
Os defensores da privacidade e vários especialistas demonstraram preocupação com esta alteração e, mais importante ainda, sobre várias omissões do que esta medida poderá trazer para o quotidiano dos imigrantes e dos cidadãos naturalizados.