Os norte-americanos receiam que a Rússia esteja a usar produtos da Kaspersky para espiar as suas atividades. Nesse sentido, as agências do governo receberam instruções para remover qualquer produto da Kaspersky das suas redes e máquinas. A Kaspersky Labs, por sua vez, continua a refutar estas críticas e refere que a legislação russa para partilha de dados se refere apenas a serviços de comunicações.
A Administração Interna (DHS) dos EUA solicitou às agências federais que identifiquem todos os produtos Kaspersky que estão a usar em 30 dias e estipulou o prazo de 90 dias para descontinuar a utilização. O “pedido” está a ser encaminhado para as agências civis e não ao Pentágono, mas as estruturas militares já tinham sido desaconselhadas de usar o software russo no início do ano.
O documento com a exigência do DHS explicita que há receios sobre as ligações entre alguns responsáveis da Kaspersky com agências e espiões russos, além da legislação russa que permite às agências de inteligência que peçam ou forcem a colaboração da Kaspersky para interceptar comunicações nas redes russas. No entanto, o coordenador de cibersegurança da Casa Branca, Rob Joyce, admitiu que não há evidências de qualquer atividade menos lícita da empresa russa, mas que uma análise aprofundada mostrou que há um risco que os americanos não querem correr.
Na semana passada, a Best Buy disse que iria deixar de vender produtos de segurança da empresa liderada por Eugene Kaspersky.