Nfon é um OTT (over the Top) e é também VoIP (Voz sobre IP). E não tem nada contra os telefones tradicionais, apesar de promover comunicações totalmente digitais. Hoje, Portugal tornou-se o 13º país onde já é possível contratar serviços do Nfon. A estreia no mercado nacional vai ser feita com preços a partir de 4,9 euros por um terminal ou 7,8 euros equipamentos por três. «Podemos garantir poupanças 30% a 50% face aos custos dos serviços de telefone tradicionais», prometeu Hans Szymansky, CEO da Nfon, em conferência de imprensa realizada esta terça-feira.
A chegada a Portugal foi feita com duas parcerias estratégicas: uma com a Wisdom, que deverá funcionar como principal revendedor deste novo serviço telefónico sobre IP; e outra com a Colt, que deverá garantir a infraestrutura necessária para o Nfon chegar ao mercado nacional.
Os responsáveis pela Nfon não escondem que é entre as pequenas e médias empresas que se encontram os principais destinatários desta aplicação. Atualmente, este operador conta com mais de 15 mil clientes. Este operador VoIP disponibiliza atualmente versões especializadas para Contact Centers, Hotéis e de Gravação. Qualquer empresa que adira ao serviço pode, sempre que necessite, adicionar ou remover terminais que usam serviços da Nfon.
Face a outras soluções de VoIP, o Nfon distingue-se por incluir 150 funcionalidades relacionadas com a produtividade e o atendimento de chamadas (gravações, contactos e calendário, reencaminhamento de telefonemas, etc.) «Podemos pegar no Skype for Business e fazer a integração com o Nfon», exemplifica Markus Krammer, responsável pela Nfon para os mercados português e espanhol.
De acordo com a Nfon haverá em Portugal cerca de 2,4 milhões de telefones tradicionais, que poderão ser substituídos por telemóveis, telefone físicos que correm sobre IP ou softphones (telefones ligados aos computadores). A estimativa ajuda a ilustrar o potencial do mercado que a mais recente operadora licenciada pela Anacom pretende alcançar. E é para garantir essa posição que a Nfon deverá investir um total de três a cinco milhões de euros nos próximos três a cinco anos.