Silicon Valley, o epicentro da inovação e das tecnologias que se instalou no extremo oeste do sonho americano, está longe de ser uma terra pró-Donald Trump. E na Costa Leste, as startups que pululam em torno da Bolsa de Nova Iorque também dificilmente estarão inclinadas a apostar no candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA. Pelo menos é essa a conclusão que pode ser tirada a partir dos donativos da indústria e profissionais das tecnologias: a campanha de Donald Trump apenas garantiu seis por cento do valor dos donativos recolhidos pela campanha do candidato republicano Mitt Romney (derrotado por Barack Obama) em 2012.
![donaldtrump-1453227462.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/9496397donaldtrump-1453227462.jpg)
Também no comparativo com a adversária do Partido Democrático, a campanha eleitoral fica a perder: de acordo com a Reuters, os Democratas terão logrado captar 25 vezes mais donativos que os Republicanos que têm vindo a fazer a campanha de Trump.
As estimativas, que foram levadas a cabo pela empresa Crowdpac através da contabilidade de donativos superiores a 200 dólares, revelam ainda que Hillary Clinton também estará a sentir bastante mais dificuldade em captar donativos junto da indústria tecnológica que o antecessor Barack Obama.
Há mais uma razão para o fraco desempenho da campanha de Trump junto do setor das tecnologias: tradicionalmente, os profissionais destas indústrias costumam votar, maioritariamente, nos candidatos democratas. A este dado ter-se-ão juntado as divisões registadas no seio do próprio Partido Republicano: Meg Whitman, líder da HP e uma das referências do Partido Republicano, já fez saber que não vai votar Trump e aconselhou os correligionários a entregarem os respetivos donativos à campanha de Hillary Clinton.