A Verizon deverá confirmar ainda hoje a compra do portal Yahoo por cinco mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros). O anúncio da compra deverá ocorrer antes do início da sessão bolsista em Nova Iorque, noticia a Reuters, com base em informações recolhidas junto de fontes não identificadas.
Com a aquisição, a Verizon deverá ficar com uma posição reforçada no que toca à produção de conteúdos na Internet – em especial para o mercado norte-americano. No ano passado, a Verizon tornou-se dona da AOL após uma operação avaliada em mais de 4,4 mil milhões de dólares (cerca de 4,01 mil milhões de euros).
Nos próximos tempos, prevê-se que o Yahoo seja integrado na AOL. Na Verizon, há expectativa de que o posicionamento do Yahoo nas buscas e na publicidade possa ser usado para catapultar os negócios do grupo.
A transação pode ser encarada como um marco na história das tecnologias: o Yahoo, provavelmente, o primeiro rei dos portais da Internetk, vai deixar de funcionar como uma marca independente – e até o futuro enquanto empresa estará ameaçado, apesar de ainda deter 15% do gigante tecnológico chinês Alibaba e 35,5% das ações da Yahoo Japan.
Desde fevereiro que os rumores e as notícias apontavam para uma potencial venda – ou numa hipótese bem menos animadora, para a dissolução do Yahoo. A hegemonia incontestada da Google nas pesquisas, o crescente sucesso das redes sociais e ainda a proliferação de serviços de cloud computing associados a telemóveis que acabaram por desvalorizar as contas de e-mail que, na década passada, serviam de âncora aos portais de primeira geração – todos estes fatores acabaram por cercear as alternativas de negócio do Yahoo, que ainda assim se mantém entre os portais mais procurados nos EUA.
Marissa Mayer, a CEO que chegou a ser apontada como a craque da gestão que haveria de devolver o Yahoo aos “bons velhos tempos”, fica longe de alcançar os objetivos que terão sido apresentados. E não seria de admirar que saísse da Yahoo, assim que a empresa for integrada na Verizon.