A previsão não é nova. Mesmo dentro da Apple já houve quem dissesse que o PC estava a aproximar-se do fim. Chamava-se Steve Jobs, era idolatrado um dos maiores gurus tecnológicos de todos os tempos, mas acabou por falhar na previsão que dizia que PC haveria de deixar de ser usado nas casas, escritórios, escolas e fábricas de todo mundo. Tim Cook seguramente que conhece o episódio, mas não hesitou em repetir a profecia informática, durante o lançamento do iPad Pro no Reino Unido: «Parece-me que se alguém andar a pensar num PC, por que é que há de continuar a comprar PC? A sério, para que é que alguém haveria de comprar um PC?»
Mais um pouco de contexto ajuda a perceber o verdadeiro alcance das palavras do sucessor de Steve Jobs: a Apple “ainda” vende desktops e portáteis (que pertencem à classe de PC, portanto), mas a hora é de iPad Pro, um tablet de 12,9 polegadas que estreia hoje e que começou por surpreender ao dar nova vida ao estilete que, em tempos, chegou a merecer reparos críticos de Jobs, mas que agora tem a missão de criar uma nova tendência nos consumidores: «Sim, o iPad Pro é uma substituição do portátil e do desktop para muitas, muitas pessoas. Elas vão começar a usá-lo e vão concluir que não precisam de mais nada, além dos seus telemóveis», prevê Tim Cook, citado pelo The Telegraph.
O iPad Pro pode canibalizar o segmento do PC, e o iPad Mini poderá canibalizar os outros iPads. Tim Cook não se mostra propriamente receoso: «Não nos vamos preocupar com isso, enquanto estivermos a canibalizarmo-nos (entre produtos da Apple), está tudo bem», referiu o líder da Apple.
O iPad Pro estreia hoje em Portugal com um preços que variam entre os 939 e os 1269 euros.