
A aquisição da EMC por parte da Dell (que, recorde-se, envolve 59 mil milhões de euros) levantava a dúvida: estaria a Dell prestes a abandonar os PCs de consumo e a focar-se apenas no mercado empresarial? No Dell World, o evento do fabricante que está a decorrer neste momento em Austin (Texas) e onde a Exame Informática está presente, Michael Dell respondeu de forma simples à questão: Não.
Em conferência de imprensa, o líder da Dell afirmou que o compromisso com os PCs mantém-se e que é parte essencial da estratégia da marca de possuir uma oferta de ‘ponta-a-ponta’, ou seja, que vá dos PCs a servidores, passando por armazenamento e virtualização. E é aqui que o negócio com a EMC entra, pois permite reforçar e alargar o portefólio da empresa. Curiosamente, Michael Dell não lhe chamou aquisição ou compra, preferiu sempre usar a palavra “combinação”.
A Dell não tem dúvidas que a atual tendência de consolidação do mercado de PCs vai acentuar-se nos próximos anos e até partilha números: se atualmente os três maiores fabricantes de PCs têm uma quota de mercado total que ronda os 55%, em 2020 ela deverá subir para 75%. A Dell, que é a atual número três a nível mundial, quer continuar entre a elite e reforçar a sua posição, salientando que o Windows 10 abre oportunidades para inovar a nível de hardware.