O primeiro relógio inteligente made by Swatch deve surgir no mercado em maio. O fabricante mais popular de relógios, com 18% do mercado, quer entrar no segmento dos smartwatches para não perder a posição e não ser ultrapassado por marcas tecnológicas como a Apple ou a Samsung.
O CEO da Swatch, Nick Hayek, confirmou que a empresa vai ter relógios inteligentes com tecnologia NFC ou Bluetooth para emparelhar com o smartphone ou para realizar pagamentos, por exemplo.
Na China, os pagamentos vão ser feitos através da parceria com a UnionPay e já há rumores de que a Swatch esteja a negociar um acordo com a Visa para pagamentos noutras partes do mundo, noticia a BBC.
Hayek estima que o know how da empresa em fornecer aparelhos de baixo consumo seja uma vantagem e que lhe permita criar smartwatches competitivos. A Swatch vai criar o relógio base com um chip com diferentes camadas que podem ser personalizadas por cada utilizador, com base em apps criadas por diferentes criativos.
«Não nos vamos transformar e colocar o telemóvel no pulso. Deixemos outros fazerem isso. A Samsung já fez, a Sony já fez. Todos fizeram», disse Hayek, revelando que o plano não passa por concorrer diretamente com as gigantes tecnológicas como a Apple, com o Watch OS, ou os fabricantes que usam Android Wear.
Elmar Mock, um dos engenheiros originais da Swatch, diz que a empresa terá aprendido com a ameaça que surgiu com os relógios japoneses quartz, na década de 1970. Na altura, a empresa suíça considerou que os aparelhos novos não passariam de gadgets, mas provaram ser uma ameaça séria. Agora, a empresa suíça não vai deixar passar o comboio e deve embarcar mesmo nos relógios inteligentes.