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A proposta partiu de Gilles de Kerchove e está num conjunto de indicações passadas aos ministros do Interior da União Europeia. Este especialista alerta que as empresas tecnológicas e de telecomunicações reforçaram as medidas para manter a privacidade dos utilizadores e que essas tornam inúteis os esforços das autoridades para monitorizar atividades suspeitas. Assim, é necessário que a União Europeia legisle no sentido de obrigar as empresas a colaborar na desencriptação de emails e chamadas, noticia a Reuters.
O reforço da encriptação surgiu na sequência das revelações de Edward Snowden sobre as práticas da NSA e de outras agências que colocavam em causa a privacidade de cada um. Assim, Google, Apple e muitas outras empresas do segmento passaram a usar protocolos reforçados de comunicações que asseguram ao utilizador o segredo das suas comunicações e, por outro lado, impossibilitam as tarefas aos espiões.
Já há alguns responsáveis políticos a criticar a opinião de de Kerchove e a acusá-lo de ter ido buscar «a caixa de ferramentas dos regimes repressivos (…) ao exigir uma porta traseira para as comunicações encriptadas». No entanto, o especialista defende-se dizendo que «ninguém quer transformar a Europa num estado policial ou numa sociedade Big Brother».
As recomendações de de Kerchove serão analisadas pelos responsáveis políticos europeus e podem originar alterações na legislação.