A queixa foi movida por um grupo de particulares e empresas que compraram iPods entre 2006 e 2009 e que consideravam que a Apple devia pagar 350 milhões de dólares de indemnização por estar a bloquear os produtos da concorrência, noticia a Cnet.
Numa primeira fase, foi possível usar o RealPlayer para tocar músicas em vários dispositivos, incluindo o iPod. No entanto, uma atualização da Apple limitou os seus aparelhos às músicas que fossem compradas no iTunes. Os queixosos alegam que esta atualização prejudicou as suas escolhas e o mercado, mas a Apple defendeu-se dizendo que todas as atualizações que introduz visam melhorar os seus produtos e a experiência de utilização.
Em 2004, a Apple era responsável por 70% do mercado da música online, quota que diminuiu dois por cento quando a RealNetworks baixou o preço das suas músicas. O sucesso da RealNetworks assentou também na tecnologia Harmony que permitia replicar a licença DRM da Apple e tocar músicas nos iPods, mesmo que estas tivessem outras origens que não o iTunes.
A atualização em questão, além de impedir a reprodução de músicas de outras fontes, serviu para estrear muitas outras funcionalidades pedidas, como a reprodução de filmes e a autossincronização.
O juri do caso deu razão à Apple e, durante a apreciação, terá sido passado um testemunho em vídeo de Steve Jobs, filmado pouco antes da morte do fundador da empresa, em 2011. O caso foi julgado em duas semanas e um painel de jurados, composto por oito elementos, tomou a decisão numa reunião que durou menos de quatro horas.