A revelação desta investigação levantou um coro de críticas e acusações por parte de políticos e ativistas. O estudo foi revelado pelo próprio Facebook que o apresentou como sendo uma forma de deixar os utilizadores mais bem dispostos ou mais tristes, apenas com algumas linhas de código. Durante a experiência, foram manipulados as páginas pessoais de 689 mil utilizadores e os responsáveis do Facebook explicam que conseguiram fazer com que as pessoas ficassem mais alegres ou mais tristes através de um processo de “contágio emocional”, noticia o The Guardian.
O estudo foi realizado em parceria com as Universidades de Cornell e da Califórnia. As primeiras conclusões mostram que que «as emoções expressas pelos amigos nas redes sociais influenciam o nosso estado de espírito. Isto constitui, pelo que sabemos, a primeira prova experimental de contágio emocional de grande escala, via redes sociais», lê-se no documento.
Durante a experiência, os investigadores filtraram o acesso dos utilizadores ao feed de notícias e mostraram mais ou menos comentários, vídeos, imagens e links que denunciassem o estado de espírito dos outros utilizadores. Quem viu conteúdos positivos, teve a tendência para ficar mais bem disposto, quem teve mais contacto com conteúdos mais tristes, apresentou-se também mais cabisbaixo.
Vários políticos nos EUA e Reino Unido criticaram este estudo e chamaram a atenção para uma possível utilização destas conclusões para fins menos recomendáveis. Os responsáveis do Facebook demonstraram ter algum poder para conseguir condicionar eleições, desencadear revoluções e muito mais com este estudo. Alguns ativistas perguntam qual o enquadramento legal destas conclusões e o que poderá ser feito para limitar o poder da rede de Zuckerberg.