
Sim, sim, andámos a gastar todo aquele dinheiro no roaming e sem razão nenhuma que justificasse
De acordo com o estudo da Flurry, os utilizadores passam em média duas horas e 42 minutos por dia com o smartphone e olham para o seu equipamento 150 vezes por dia. Este comportamento já levou à inflação no segmento dos anúncios para telemóveis, que já são avaliados em milhares de milhões de dólares.
Uma compilação de vários artigos no Mother Jones demonstra que este vício do telemóvel faz com que o dia de trabalho se prolongue cada vez mais e que os utilizadores acabem por se tornar mais produtivos, devido a essa “trela digital” que os prende aos escritórios. A empresa Good Technology analisou o comportamento de mais de mil funcionários e concluiu que 68% já tinham visto os emails antes das oito da manhã. Metade destes viram os emails ainda na cama e um terço optou por vê-los à mesa de jantar. A American Psychologica Association conta que 44% dos adultos vê os seus emails de trabalho pelo menos uma vez por dia, enquanto estão de férias e que um em cada dez olha para a caixa de correio pelo menos uma vez por hora.
O Pew Institute, por sua vez, mostra que dois em cada três utilizadores olham para o smartphone compulsivamente, mesmo que não se receba nenhum alerta e que 40% dormem com o telefone ao lado com medo de perder algo importante.
A produtividade dos trabalhadores subiu de 14 para 24% desde 2008, ano do lançamento do iPhone. No entanto, essa subida não foi acompanhada por uma correspondente subida nos vencimentos, que se ficou pelos 3%.
Há vários outros estudos que mostram que os trabalhadores passaram a ser menos produtivos e menos felizes com o uso do telemóvel, dormem menos bem e que é mais provável que tenham comportamentos menos éticos.
Em França, por exemplo, foi aprovada uma lei que obriga os funcionários a desligarem-se do email profissional após as 18h00.