Mais de 400 pessoas juntaram-se ontem ao final da tarde no Chiado, Lisboa, para saber como 14 startups made in Lisboa pretende vir a mudar o mundo das tecnologias – e também dos serviços e do turismo. No palco, desfilaram ideias para todos os gostos e carteiras: do sistema de pagamentos por telemóvel ao um portal de música eletrónica; da solução de partilha de automóveis ao um sistema de medição de produção industrial; da ferramenta que permite fazer as mesmas apostas dos corretores mais bem sucedidos do mercado a um serviço de recibos online..
É a segunda vez que a Startup Lisboa faz uma mostra das ideias de negócio que tem vindo a incubar. João Vasconcelos aponta para algumas diferenças face ao evento que aconteceu no ano passado: no Demo Day de 2013 não houve prémio para a melhor apresentação de ideia de negócio; a apresentação de ontem contou com mais de 100 estrangeiros; e além de entidades de capital de risco e business angels, o evento contou ainda com a presença de representantes da Glintt, PT, Vortal, e outras marcas tecnológicas portuguesas que aproveitaram o Demo Day para a análise de potenciais negócios.
«Ao contrário do evento de 2012, este ano muitas das startups já têm investidores e apenas andam à procura de clientes, parceiros e formas de fazerem crescer o negócio», acrescenta o responsável da Startup Lisboa.
Desde fevereiro de 2012 à atualidade, o polo dedicado às tecnologias da Startup Lisboa já ajudou a criar mais de 30 empresas. As ideias de negócio podem manter-se nas instalações da Rua da Prata, em Lisboa, por períodos de seis meses, que são renováveis, caso sejam alcançados resultados predefinidos, até um máximo de três anos. João Vasconcelos recorda que a incubadora já albergou mais 60 ideias de negócio, tendo servido de rampa de lançamento para mais de 30 empresas que atualmente estão no mercado.
Destas mais de 30 ideias incubadas acabaram por sucumbir quatro: «Dois desses projetos terminaram devido a questões pessoais entre os sócios; e outros dois acabaram porque os sócios decidiram mudar de negócio», recorda o responsável da Startup Lisboa.
Durante o ano e meio que leva de funcionamento, as empresas incubadas pelos dois polos da Startup Lisboa (um dos polos destina-se ao apoio a ideias de negócio da área de serviços e turismo) já conseguiram angariar mais de cinco milhões de euros – 90% deste valor foi captado por empresas incubadas no polo tecnológico.