O líder da Impresa (que detém a Exame Informática) aproveitou a participação num dos painéis de debate da Conferência do Festival In, para defender uma clarificação nas leis de combate à pirataria e defesa de direitos de autor. No palco da FIL, Francisco Pinto Balsemão acrescentou que o combate à pirataria necessita de «tribunais que funcionem» e também de «operadores de telecomunicações que sejam rápidos a desativar sites piratas».
«A nossa cruzada não é contra os consumidores, mas sim em defesa da qualidade e portanto a favor dos interesses do consumidor», reiterou Francisco Pinto Balsemão, que se apresentou no evento como jornalista com mais de 50 anos de carreira e também um investidor que tem responsabilidade na remuneração de mais de 1200 profissionais que produzem conteúdos em várias plataformas.
Balsemão não desperdiçou a oportunidade de reivindicar uma nova política de partilha de receitas à Google. A agregação de conteúdos e inserção de publicidade junto a excertos ou versões completas de conteúdos produzidos pelos média são o principal alvo de crítica: segundo o líder da Impresa, a Google não faz uma repartição justa das receitas que angaria com a publicidade, uma vez não encaminha uma parte dessas receitas para os produtores e autores de conteúdos. O líder da Impresa deu ainda como exemplo contrário à Google o modelo de negócio seguido pela Apple, que promove a repartição de receitas entre quem produz e distribui e conteúdos.
O líder da Impresa exortou ainda o Governo e a Comissão Europeia a criarem soluções que contemplem a remuneração de autores e produtores de conteúdos. Balsemão considera ainda que defesa dos direitos de autor exige a uniformização de mecanismos leis e de modelos remuneração entre os vários países.