A Tuizzi começou a fazer furor em novembro de 2011 com o lançamento de uma plataforma que providencia localizações, preços e disponibilidades de vários outdoors espalhados no País. O negócio começou a ser pensado três anos antes, com a perceção de que o processo de compra de espaços para publicidade exterior era incipiente – e em muitos casos demasiado complicado.
Com o desenvolvimento da nova plataforma, os três sócios nortenhos conseguiram suprir as necessidades de quem precisa de fazer um anúncio num outdoor e também as lacunas das empresas que gerem esses espaços – e que ao que consta faziam os seus negócios sem um software de gestão especializado. «Hoje, a nossa plataforma não tem qualquer concorrente», explica Afonso Santos, gestor e sócio da Tuizzi, quando inquirido pela Exame Informática na banca de demonstração da empresa no Congresso das Comunicações, da APDC.
O jovem CEO da Tuizzi informa que, atualmente, está em negociações com sete potenciais investidores – boa parte deles vem do estrangeiro. E todos eles estão entusiasmados com os 2500 espaços de publicidade e as 30 empresas angariadas pela plataforma e ainda o facto de a empresa estar a um passo de alcançar o break-even num único ano.
Depois da entrada do potencial investidor, a empresa dará início à internacionalização – e há uma grande probabilidade de a sede passar para Londres. O mercado português (290 milhões de euros) pode ter servido de rampa de lançamento, mas dificilmente consegue ombrear com o apelo de mercados como o inglês (mil milhões de euros) ou o mundial (16,6 mil milhões de dólares anuais). Para darem arranque à internacionalização, os três sócios portuenses precisam de um investimento de 450 mil euros.
Afonso Santos admite que está numa posição diferente por todas as startups que não conseguem arranjar investidor: «Uma coisa é comprar uma ideia; outra bem diferente é comprar uma empresa que já está a faturar. Uma coisa é andar a pedir dinheiro no mercado; outra bem diferente é andarem pessoas interessadas atrás de nós».