A odiada agência Moody’s acaba de diminuir o rating da dívida de longo prazo da Nokia de Baa2 para Baa3. O rating da dívida de curto prazo também desceu um nível – de Prime-3 para Prime-2, informa a Forbes.
O corte do rating foi justificado por uma quebra de 16% no número de terminais vendidos e ainda pela diminuição de 35% da faturação da unidade de telemóveis durante o primeiro trimestre de 2012.
Com esta descida de rating, a gigante nórdica passa a figurar apenas um nível acima do nível que a gíria do mundo das finanças considera “lixo”. O que deverá provocar um aumento da desconfiança – e de juros – sobre a capacidade da Nokia para pagar as suas dívidas.
A notícia não podia chegar em pior altura: depois de vários investidores terem mostrado descrença quanto à capacidade de recuperação da fabricante finlandesa, também alguns operadores de telecomunicações revelaram desilusão quanto aos terminais Lumia, com que a pretende Nokia a conter a ascensão de marcas como a Samsung e a Apple.
Sob anonimato, quatro responsáveis de operadores móveis da Europa arrasam os novos smartphones Lumia, quando inquiridos pela Reuters. Preços altos, estratégia de marketing débil e um ou outro relato sobre alegados bugs nos ecrãs e nas baterias compõem a descrição pessimista que os operadores fazem quanto às probabilidades de sucesso destes smartphones que têm o sistema operativo Windows Phone.