Depois de a Google entrar em acordo com o Departamento de Justiça norte-americano, num caso referente à facilitação da importação ilegal de medicamentos, um grupo de investidores processou o conselho de administração e alguns executivos da empresa.
O Departamento de Justiça norte-americano alegava que a Google teria, com conhecimento, permitido que várias farmácias canadianas publicitassem medicamentos sujeitos a receita médica a consumidores dos Estados Unidos.
Na verdade, foram entrepostos dois processos por dois acionistas em representação da empresa e de outros investidores.
Num dos processos pode ler-se: "A duração e a gravidade da malfeitoria é chocante. De 2003 a 2009, a Google ajudou, com conhecimento de causa, farmácias canadianas a publicitar a venda ilegal de medicamentos sujeitos a receita médica".
No meio dos indiciados pelos dois processos surgem Larry Page, Sergey Brin e Eric Schmidt, as três faces mais importantes da empresa. Estes são acusados de violar as suas responsabilidades enquanto oficiais corporativos e pelo desperdício do dinheiro da empresa relativo a este caso.
A Google pagou, num acordo com o Departamento de Justiça, 500 milhões de dólares, cerca de 350 milhões de euros.
Entretanto, num comunicado do Departamento de Justiça, onde estes dois processos se baseiam, pode ler-se que a empresa já em 2003 tinha conhecimento da ilegalidade da situação, mas apenas lhe pôs fim em 2009, depois de iniciada uma investigação pelo Departamento da Justiça.
Os processos visam a obrigar os indiciados a devolver os 500 milhões de dólares e a pagar uma indemnização por danos cujo valor deve ser decidido por um júri. O valor deverá "ser suficiente para punir os réus e torna-los num exemplo.