
O Centro de Investigações sobre Multinacionais e a associação de Estudantes e Investigadores Contra os Abusos Corporativos reiniciaram a polémica em torno das condições de trabalho nas fábricas chinesas que hoje asseguram a produção de iPads e iPhones.
Segundo as investigações das duas associações, os operários chineses das fábricas de Shenzhen e Chengdu, ambas detidas pela Foxconn, trabalham muito mais horas que as 36 semanais que constam nos contratos.
Nas situações extremas, encontra-se ainda a assinatura de contratos anti-suicidio pelos operários, e ainda casos de quem tenha trabalhado 98 horas numa semana, ou 13 dias consecutivos sem folgas.
A Foxconn reagiu aos estudos lembrando que os seus trabalhadores não são obrigados a fazer horas extraordinárias – e apenas os voluntários as fazem, noticia o The Guardian.
A Apple, que contrata os serviços da Foxconn, respondeu aos estudos, reiterando "o compromisso de garantir o respeito dos mais elevados standards de responsabilidade social por parte dos fornecedores. Promovemos o cumprimento da legalidade laboral através de um programa de vigilância rigorosa, que inclui auditorias à fábrica, planos de ação corretivos e medidas de verificação".