Há jogos com grandes orçamentos cujas ideias não prestam. Depois há boas ideias cujos orçamentos não prestam. Trek to Yomi (yomi é a palavra japonesa para definir o mundo dos mortos) pertence, para o bem e para o mal, à segunda categoria.
Assumimos o papel de Hiroki, um aprendiz de samurai que vê o mestre morrer à sua frente, num ataque surpresa, e que por força das circunstâncias torna-se no protetor da aldeia. O arranque clichê é seguido de uma história pesada – sem revelar grandes detalhes, conte com muito sofrimento, peso na consciência e fantasmas do passado. Aliás, a parte sonora do jogo faz-nos sentir este lado negro, já que são quase constantes os sons de choro ou gritos de desespero (ao início não notámos, mas depois começam a ecoar na nossa cabeça).