O ChatGPT é um sistema de Inteligência Artificial (IA) capaz de interpretar e gerar texto com uma qualidade próxima à dos humanos, uma capacidade que tornou a ferramenta da OpenAI numa das tecnologias sensação do ano. Agora a startup norte-americana está a anunciar uma nova versão do sistema que pode ser treinada com o objetivo de ser ainda mais eficaz em tarefas específicas.
O GPT 3.5 Turbo permite que utilizadores e empresas carreguem os seus próprios conjuntos de dados para o grande modelo de linguagem (LLM na sigla em inglês) que está por trás do ChatGPT com o objetivo de otimizar o desempenho do sistema em tarefas em específicas. Por exemplo, se for carregada uma base de dados com código, o ChatGPT aprenderá a ser mais proficiente nesse código específico. Se lhe for dada uma base de dados com textos de um autor, o ChatGPT será capaz de replicar com maior precisão a linguagem desse autor.
“Os primeiros testes mostram que uma versão otimizada do GPT-3.5 Turbo consegue igualar, ou até superar, as capacidades base do GPT-4 em certas tarefas específicas”, sublinha a OpenAI em comunicado.
De recordar que o GPT-4 é o modelo mais avançado disponível atualmente para o ChatGPT, mas este anúncio só é relativo ao modelo anterior, o GPT-3.5. No entanto, a startup liderada por Sam Altman já confirmou que pretende disponibilizar uma versão Turbo (para otimização de tarefas com base em dados carregados pelos utilizadores) do GPT-4 até ao final do ano.
A OpenAI sublinha ainda que os dados carregados por utilizadores e empresas não serão usados para treinar os grandes modelos de linguagem desenvolvidos pela tecnológica.
Esta hipótese de otimização da tecnologia base do ChatGPT com dados próprios permite que as instruções (os comandos de texto digitados no ChatGPT) dadas pelos utilizadores possam ser até 90% mais pequenas em tamanho, sem que isso prejudique a eficácia do modelo em produzir respostas de alta qualidade.
Segundo a OpenAI, isto permite criar versões do ChatGPT que produzem respostas mais orientadas com as necessidades dos negócios (como usar termos e linguagens específicas de diferentes setores), permite gerar respostas mais formatadas (importante para aspetos técnicos) e permite também definir o tom das respostas geradas pela ferramenta (todas as pessoas que interagirem com aquele modelo do ChatGPT receberão respostas com o mesmo tom, o que ajuda a reforçar o posicionamento das marcas).
