A Google anunciou várias novidades para o Bard, o sistema de Inteligência Artificial que é a resposta da tecnológica ao popular ChatGPT. O principal destaque vai para o lançamento global do Bard – a partir desta quarta-feira, utilizadores de 180 países e territórios já podem experimentar a ferramenta que permite gerar texto com uma qualidade semelhante à de um humano – no entanto, Portugal não faz parte deste extenso grupo.
Por agora, só será possível conversar com o Bard em inglês, coreano e japonês (estes dois últimos idiomas são uma novidade no modelo). Mas Jack Krawczyk, responsável de produto do Bard, anunciou que “nos próximos meses, [o Bard] vai suportar “as 40 maiores línguas do mundo”, o que inclui português. “Ainda tem limitações, mas vamos continuar a expandir de forma responsável e dentro dos nossos princípios de IA”, assegurou o porta-voz da tecnológica, num evento antecipado de apresentação, no qual a Exame Informática participou.
Mas há mais novidades. O Bard usa agora o mais recente e poderoso modelo de Inteligência Artificial da Google, o PaLM 2, como ‘motor’ para responder aos utilizadores. Isto significa uma maior eficácia na geração de texto, mas também uma maior capacidade de programação (incluindo depuração de código) e o suporte para imagens. Será possível pedir ao Bard para mostrar imagens nas suas respostas (que virão do Google Images) e será também possível carregar uma imagem e pedir ao Bard que faça algo em função do que ‘vê’ na fotografia.
A Google anunciou também o lançamento de extensões para o Bard. A empresa diz que vai começar com serviços próprios, como o Google Maps e Google Docs, mas avança que existirão integrações externas. A primeira a ser anunciada é a ferramenta Adobe Firefly, capaz de converter comandos de texto em imagens, que permitirá gerar imagens diretamente no Bard. Por fim, será ainda possível exportar as respostas do Bard diretamente para serviços como o Gmail e Google Docs.
Com estes lançamentos, a Google tenta encurtar distância para o ChatGPT, a ferramenta de referência em IA generativa e que já está a usar o modelo mais recente da OpenAI, o GPT-4. O sistema da startup já disponibiliza muitas das funcionalidades anunciadas agora pela Google (como as extensões, a capacidade de interpretar imagens e uma maior proficiência na geração de código).
“Não posso falar de outros produtos, mas posso dizer onde estamos focados com o Bard, que é na capacidade de ser uma ferramenta para desbloquear a imaginação das pessoas. Uma coisa com a qual estamos entusiasmados, à medida que disponibilizamos as extensões, é começar a encontrar estas novas capacidades sobre as quais podes tornar-te criativo”, sublinhou Jack Krawczyk, questionado sobre de que forma a Google pretende diferenciar o Bard do ChatGPT.
Nota de redação: Notícia atualizada para retificar a informação de disponibilização do Bard em Portugal – a versão original dizia que ia estar disponível também no mercado português, mas Portugal não faz parte da lista de 180 países e territórios anunciados pela Google. Aos leitores as nossas desculpas